As crianças brincam na casa da vó,
A primavera passou, virou só pó.
Andorinhas no céu seguem dançando,
E o verão no horizonte já chegando.
Destina-se à publicações da Academia Goiana de Letras Ciência e Cultura dos Militares do Estado de Goiás - Coronel Mauro Borges Teixeira.
As crianças brincam na casa da vó,
A primavera passou, virou só pó.
Andorinhas no céu seguem dançando,
E o verão no horizonte já chegando.
Na alma, a semente do sentir germina,
Um pulsar que no peito se alinha.
Mas, preso em si, o sentimento definha,
Se a escrita não o liberta, não o ilumina.
Magoado, com a alma ferida por palavras e ações que não compreendo.
A dor é profunda, constante, e a incerteza do motivo me consome.
Já não sinto minhas pernas
Dessa vez o corte foi profundo
Dessa vez o chão é todo meu
Descartei a possibilidade de andar
Do fundo do poço ainda ouço
Grito esgoelado
Moendo memória de tempo ido
Destruído
E deixado destroços
em desalinho pelo caminho.
Do fundo do poço ainda ouço
Há dias que a linha é reta e perde-se de vista,
Outros, valseando em curvas, como dança imprevista.
E há aqueles dias em que a linha se faz nó…
O tilintar dos metais, sinfonia urbana,
Na bigorna, na roda, no trilho que avança.
Martelo e aço, canção que ecoa,
No ritmo do trabalho, que a vida sustenta.
Em teu abraço frio, encontro o meu destino,
Morte, parceira da vida, em ti me reclino.
Não te temo, pois sei que és a passagem,
Para um novo horizonte, uma nova viagem.
porta, janela, chão e teto
em recanto do mundo, desocupado,
incrustado a todo o tempo
dimensionado no espaço
e enorme desejo de ser ocupado.
Converso, às vezes, comigo.
Será meu ego a falar?
Ou quem sabe o superego,
Ou uma versão de mim?
Da ponta do dedo à ponta da língua
Um rápido arco, suave abismo
Gosto de criança ferida em guerra
Marrom, angústia, vermelho e pó
Helena Aparecida Damásio - Coronel PM
Acadêmica Fundadora da Cadeira nº 58
cristalizá-lo em átomos de felicidade
e em energia cósmica imortalizar,
mantendo pra sempre o amor em eternidade!
A luz apagou e já falam que tenho que acordar.
A desilusão não quer deixar parar esse sonho.
Quanta contradição de quem se perdeu!
Morri!
Morri!
até o poeta seus versos rima
e só homens tanto estardalhaço
como se fosse deles a sina.
Pena e nanquim num ávido desejo de moldar palavras,
Costurar sentimentos,
Nesse meu abismo de escuridão.
Senhoras e senhores, Acadêmicos e Acadêmicas, Ilustres convidados, É com profunda honra e um imenso senso de responsabilidade que ocupo ho...