Em teu abraço frio, encontro o meu destino,
Morte, parceira da vida, em ti me reclino.
Não te temo, pois sei que és a passagem,
Para um novo horizonte, uma nova viagem.
Em cada ciclo que se cumpre na Terra,
Em cada flor que nasce e se despetala,
Tua presença se revela, inevitável,
Lembrando-nos da brevidade, do efêmero.
Morte, enigma indecifrável, mistério profundo,
Em ti se encontram o fim e o recomeço do mundo.
No silêncio sepulcral, onde a vida se cala,
Germina a esperança, a fé que nos acalma.
Parceira da vida, em ti me entrego,
Sem medo, sem dor, sem pranto, sem apego.
Pois sei que em teu abraço encontro a paz,
A eternidade que jamais se desfaz.
Morte, em ti me liberto do corpo,
Alço voo rumo ao infinito, ao eterno lar.
Com gratidão, aceito o teu chamado,
Pois em ti, a vida se torna sagrada.
Edno Paula Ribeiro - Major PM
Acadêmico Fundador da Cadeira nº15
2 comentários:
Ela nos alcançará. Fato irrefutável. Então, celebremos a vida efêmera para que ao aproximarmos da irrefutável realidade que nos aguarda, possamos aceita-la com serena serenidade 🫠
Parabéns pela abordagem poética de tema complexo e inevitável! Tatiana Guimarães
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