quarta-feira, 5 de fevereiro de 2025

MORTE, ENIGMA INDECIFRÁVEL

Em teu abraço frio, encontro o meu destino,

Morte, parceira da vida, em ti me reclino.

Não te temo, pois sei que és a passagem,

Para um novo horizonte, uma nova viagem.


Em cada ciclo que se cumpre na Terra,

Em cada flor que nasce e se despetala,

Tua presença se revela, inevitável,

Lembrando-nos da brevidade, do efêmero.


Morte, enigma indecifrável, mistério profundo,

Em ti se encontram o fim e o recomeço do mundo.

No silêncio sepulcral, onde a vida se cala,

Germina a esperança, a fé que nos acalma.


Parceira da vida, em ti me entrego,

Sem medo, sem dor, sem pranto, sem apego.

Pois sei que em teu abraço encontro a paz,

A eternidade que jamais se desfaz.


Morte, em ti me liberto do corpo,

Alço voo rumo ao infinito, ao eterno lar.

Com gratidão, aceito o teu chamado,

Pois em ti, a vida se torna sagrada.


Edno Paula Ribeiro - Major PM 

Acadêmico Fundador da Cadeira nº15

2 comentários:

HelDam disse...

Ela nos alcançará. Fato irrefutável. Então, celebremos a vida efêmera para que ao aproximarmos da irrefutável realidade que nos aguarda, possamos aceita-la com serena serenidade 🫠

Anônimo disse...

Parabéns pela abordagem poética de tema complexo e inevitável! Tatiana Guimarães

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