RESILIÊNCIA GOIANA

 

Já não sinto minhas pernas

Dessa vez o corte foi profundo 

Dessa vez o chão é todo meu

Descartei a possibilidade de andar

LONGA NOITE

 

A luz apagou e  já falam que tenho que acordar.

A desilusão não quer deixar parar esse sonho.

Quanta contradição de quem se perdeu!

Morri!

Morri!

ESPAÇO TEMPO

Queria ter o tempo

Só necessário 

Pra poder viver 

Tudo que todos vivem

PRETÉRITO PERFEITO

Nas paragens dos meus  sonhos, a vida é muito melhor

Pois lá somos felizes e de algum modo, estranho e ainda que nada consciente 

Revivemos todo passado que na infelicidade do mundo acordado foi imperiosamente imperfeito

DISCURSO EM RECEPÇÃO AO NOVO ANHANGUERA DA ACADEMIA MILITAR GOIANA DE LETRAS, ADEMERCINO TELES TOMÉ, O MESTRE GUERREIRO.

Senhores Acadêmicos, respeitáveis mestres, contramestres, professores, graduados e todos capoeiristas que presenciam este momento singular na história da capoeira goiana e nacional.

 Senhoras e senhores,

A capoeira é uma expressão cultural brasileira que compreende dentre tantos elementos e significados: o de arte-marcial,  o de esporte, o de cultura popular, o de dança e até mesmo musicalidade. Como dizem, em um dos nossos cânticos mais antigos: “capoeira é raça, é cultura guerreira, é um luta brasileira”.

SONETO DA VERDADE OU NÃO

Se eu vier a mentir

Não  fique assim parada

Me coloque logo em xeque 

Questione, ponha tudo à prova

ROTEIRO DA ESPERA

Sei que você há de voltar, eu sei

Cumprir sua promessa mais antiga

Sei que vai me levar para ver todos os ventos 

Não importa quanto durar, eu sei que é difícil 

DISCURSO DE POSSE NA CADEIRA Nº 01 CORONEL PM GETULINO ARTIAGA LIMA NA SOLENIDADE DE INAUGURAÇÃO DA ACADEMIA MILITAR GOIANA DE LETRAS

Dirijo meus cumprimentos às senhoras acadêmicas, senhores acadêmicos anhangueras e confrades de outras unidades: nacional e subnacionais.

Minhas senhoras, meus senhores...  

Ao preparar um texto sobre nossa promessa de trabalho à frente da Academia Goiana de Letras dos Militares dos Goianos, ao passo me veio, uma frase de um dos maiores patriotas, o eminente escritor modernista Euclides da Cunha, autor de “Os Sertões”. 

Assim disse Euclides: “Não sendo esta investidura uma consagração, mas um tácito compromisso de altear-se por outros trabalhos até a vossa nobilitadora simpatia, imaginai os meus desalentos diante de uma tal empresa”.