sábado, 14 de dezembro de 2024

DESCONSTRUINDO MIOPIAS

Sob os olhos,

um mundo desfocado.

Névoas tremulam

entre verdades e mentiras.

Sigo entre miragens...


Certo e errado,

faces de uma mesma moeda.

Tédio e rotina

transformam luz em trevas.

O espelho fosco reflete o que quero.

Sigo em minha miopia.


Na angústia do momento,

tranco sentimentos,

jogo as chaves fora.

O medo de sair do casulo

me assola.


O conformismo sufoca.

O desejo de novas veredas

se apaga na penumbra.


Até quando...


Permanecerei assim,

de olhos turvos?

Quando sairei da janela à rua?

Quando viverei minhas impermanências?

Casulo ou borboleta?


É preciso perseverança

para sair à porta da prisão.

O olhar queima como velas,

uma faísca de esperança

a iluminar o caminho.


Tudo é fluxo!

Nada é permanente!

Olhos agora claros.

Voo...!

Deixo à porta a miopia.


Divino Alves de Oliveira - Coronel PM

Acadêmico Fundador da Cadeira nº 20


17 comentários:

Anônimo disse...

Sem palavras! Questionador e inspirador!

Anônimo disse...

Parabéns!!! Deus te abençoe abundantemente!!!! Que a graça e a paz do Senhor Jesus Cristo esteja com você sempre!!!!

Anônimo disse...

Boa tarde perfeito coronel

Anônimo disse...

Texto inteligente…fácil de entender mas difícil de comentar.
Todos nós temos um pouco de cegueira em relação aos nossos problemas…a gente observa os dos outros mas não vemos os nossos.
Parabéns Cel Alves pelo levantamento do tema de forma poética.

Anônimo disse...

Belo texto, parabéns

Anônimo disse...

Muito bom

Anônimo disse...

O repangalejamento de ideias é um eterno explodir de vulcões no campo das artes.

Anônimo disse...

Excelente Comandante, trabalhar com as palavras e conseguir dar um sentido, ainda que questionador!!!

Anônimo disse...

É tão bom descobrir o talento de um poeta brasileiro. Tenho acompanhado as postagens dos poemas de Divino Alves e a cada verso encontro um olhar sensível para a vida, o destino, duvidas e desejos. Parabéns poeta!

Anônimo disse...

Boa noite comandante. Continue escrevendo. A literatura nos proporciona momentos de raro prazer. Parabéns por mais essa bela poesia

Anônimo disse...

Parabéns Senhor Comandante. Muito bela inspiração com arte. Um espelho posto a contemplar nossas almas. Parabéns!

Anônimo disse...

Excelente texto, meu amigo e vizinho

Anônimo disse...

Caro Comandante e Confrade

Seu poema "Desconstruindo Miopias" é um mergulho profundo na introspecção e nas transformações que carregamos dentro de nós. A maneira como você traduz a luta interna entre o conformismo e o desejo de mudança é tocante. As imagens poéticas das "névoas" e do "casulo" são poderosas metáforas para as limitações que nos impomos e, ao mesmo tempo, para a possibilidade de renascimento.

A transição do medo à liberdade, do "espelho fosco" ao "voo," é inspiradora e convida à reflexão sobre como encaramos nossas próprias impermanências. A mensagem de esperança contida na "faísca de esperança" e no olhar que "queima como velas" traz uma energia renovadora.

Parabéns por uma obra que não apenas descreve emoções, mas as faz sentir de maneira tão vívida. Obrigado por compartilhar essa jornada de descoberta e superação. Que sua poesia continue a iluminar caminhos, como as velas que queimam no olhar de quem lê.

Com admiração,
Walber Rufino
Presidente da ALMEP

Anônimo disse...

Ao ilustre acadêmico e escritor Divino Alves, nossas considerações a este belo texto, Desconstruindo Miopias nos impulsiona a uma realidade ignorada por muitos, propiciando a um estado generalizado de confusão e uma dura sensação de vazio. Realmente é preciso perseverança para sair à porta da prisão e iluminar o caminho. Valeu Poeta.

Anônimo disse...

Parabéns mestre , sua obra enriquece o mundo acadêmico militar!

Anônimo disse...

Deixar a miopia na porta é uma boa opção.
Excelente!!

Anônimo disse...

Parabéns irmão, excelente reflexão.

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