Como uma mortalha, abriu-se ruidosamente o tecido que assentou em câmera lenta sobre o gramado seco. O professor Luciano ajoelhou-se doloroso, observando a escandalosa procissão de palmípedes que deixavam o lago, determinados a pedir-lhe migalhas. Frustraram-se, mas não sem revolta, pois a sacola cheia de comidas não foi aberta de pronto. Luciano, entrelaçando com força os dedos das mãos suadas, suspirou fundo, mirou o buritizeiro e foi direto ao assunto:
Destina-se à publicações da Academia Goiana de Letras Ciência e Cultura dos Militares do Estado de Goiás - Coronel Mauro Borges Teixeira.
quinta-feira, 19 de dezembro de 2024
CARAVELAS URBANAS
NOSSO QUARTO
porta, janela, chão e teto
em recanto do mundo, desocupado,
incrustado a todo o tempo
dimensionado no espaço
e enorme desejo de ser ocupado.
terça-feira, 17 de dezembro de 2024
ZOROASTRO ARTIAGA E MEMÓRIA GOIANA
Histórias precisam ser sempre relembradas. Apesar de darem nomes a ruas, avenidas, museus, prédios, parques e outras placas importantes espalhadas pela cidade, muitas vezes nos perguntamos: quem foi este homem ou esta mulher?
domingo, 15 de dezembro de 2024
SOBRE(POSIÇÃO): CRITICIDADE DO CRONOS FICCIONAL/REAL DAS "LINHAS DO TEMPO", DE TATIANA GUIMARÃES
A obra “Linhas do Tempo”, de Tatiana Guimarães, Acadêmica da AGL-MB, explora as complexas interseções entre a vida prática e o mundo interior.Para ler a critica completa de autoria de Pedro Chaves dos Santos Filho, em material especial para o Jornal Opção, publicada no Jornal Opção, em 24 de novembro de 2024, clique no link abaixo:
Sobre(posição): criticidade do cronos ficcional/real das “Linhas do Tempo”, de Tatiana Guimarães
ATENDIMENTO À POPULAÇÃO SURDA PELA POLÍCIA MILITAR DE GOIÁS: ANÁLISE ATUAL DOS PRINCIPAIS ASPECTOS
Artigo científico apresentado como exigência parcial para conclusão do Curso de Altos Estudos em Segurança Pública (CAESP) pela Secretaria de Segurança Pública de Goiás e a Universidade do Estado de Goiás, sob a orientação da Profa. Dra. Cristhyan Martins Castro Milazzo.
sábado, 14 de dezembro de 2024
sexta-feira, 13 de dezembro de 2024
O PARLATÓRIO DO EU
Converso, às vezes, comigo.
Será meu ego a falar?
Ou quem sabe o superego,
Ou uma versão de mim?
quinta-feira, 12 de dezembro de 2024
GOTA DE CÓLERA
Da ponta do dedo à ponta da língua
Um rápido arco, suave abismo
Gosto de criança ferida em guerra
Marrom, angústia, vermelho e pó
terça-feira, 10 de dezembro de 2024
PLENITUDE
Clique no vídeo e ouça o poema Plenitude
Helena Aparecida Damásio - Coronel PM
Acadêmica Fundadora da Cadeira nº 58
AMOR ETERNO
cristalizá-lo em átomos de felicidade
e em energia cósmica imortalizar,
mantendo pra sempre o amor em eternidade!
quarta-feira, 4 de dezembro de 2024
LONGA NOITE
A luz apagou e já falam que tenho que acordar.
A desilusão não quer deixar parar esse sonho.
Quanta contradição de quem se perdeu!
Morri!
Morri!
segunda-feira, 2 de dezembro de 2024
DANDO ASAS À SAUDADE
Ali, bem ali, numa pedra à margem esquerda, jusante , do caudaloso Paranaíba , sentado estava o meu avô João Pereira Machado .
Radiante como quem vive um sonho bom, do alto da ponte sob seus majestosos arcos, , olhava pra ele, vaidoso: "É o meu avô! Só meu!"
Caniço lançado às águas, vez ou outra, ele fisgava um dourado. Aquela cena, de repente, como visões liliputianas, transfigurava-se num reino encantado de Gulliver! Era como um sonhar acordado na companhia augusta do segundo grande herói da minha infância!
Como que hipnotizado pelo espetáculo das águas , explodindo em cataratas , meu vô parecia bem feliz por estar nos visitando, na São Simão das Cachoeiras. Se ele estava alegre, eu me sentia "levitando" de tão feliz.
Naquele momento, preso àquela agradável sensação , repetia comigo mesmo: "Aquele é meu avô. Eu tenho um avô! Que bom! E ele está ali embaixo , sentado naquela pedra!"
Foi um dia tomado de regozijo e contemplação. Na minha euforia, queria poder atrelar o sol à alegria dominante, para impedi-lo de se projetar no ocaso. O "até logo" do rei dos astros poria fim a todo aquele encantamento, e eu desejava fosse sem fim.
Alheio aos meus anseios, mesmo preso ao fascínio magnetizante das quedas d'água e o vapor espumante, a grande Estrela deu lugar ao crepúsculo e se embrenhou na escuridão da noite. De nada me valeria protestar; é uma lei do universo. Mas, aquele distante dia, enquanto eu viver, permanecerá entre as memórias mais festivas e sublimes da minha vida.
Rubens de Oliveira Machado - Cel PM
Acadêmico Fundadora da Cadeira nº53
domingo, 1 de dezembro de 2024
PALHAÇA
até o poeta seus versos rima
e só homens tanto estardalhaço
como se fosse deles a sina.
DISCURSO DE POSSE NA CADEIRA Nº 08 BERNARDO ÉLIS, DA ACADEMIA GOIANA DE LETRAS MILITAR
Senhoras e senhores, Acadêmicos e Acadêmicas, Ilustres convidados, É com profunda honra e um imenso senso de responsabilidade que ocupo ho...

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Do fundo do poço ainda ouço Grito esgoelado Moendo memória de tempo ido Destruído E deixado destroços em desalinho pelo caminho. Do...
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Então, Tião teve uma tempestade de ideias de sair pela Serra Dourada para coletar arnica. Sua cachola debulhava os dias, que ele sofria com...