Remoendo ideias vans,
A mente divaga, insone,
Em pensamentos que são vãos.
Fantasmas de um passado,
Sombras de um futuro incerto,
Num presente que é nublado,
Deixam-me em desconcerto.
Remoendo o que não foi,
O que poderia ter sido,
Um turbilhão de "e se",
Que me deixa ferido.
Ilusões não declaradas,
Sonhos desvanecidos,
Num labirinto de pecados,
De esperanças e de medos.
Remoendo cada erro,
Cada palavra não dita,
Num eterno desespero,
De uma alma aflita.
O tempo passa, implacável,
Levando consigo a ilusão,
De que a vida é amável,
E a dor, mera canção.
Remoendo ideias vans,
Que na mente se agarram,
Como ervas daninhas,
Que a alma amargam.
Mas, em meio à escuridão,
Uma luz se acende, tênue,
A fé na redenção,
Que me mantém em xeque.
Remoendo ideias vans,
Aprendo a lição do perdão,
E a aceitar os desenganos,
Com resignação.
Pois, na vastidão do universo,
Somos apenas um grão de areia,
E a vida, um breve verso,
Que se perde na aléia.
Remoendo ideias vans,
Busco a paz interior,
E a sabedoria dos bons,
Para seguir em frente, sem temor.
Edno Paula Ribeiro - Major PM
Acadêmico Fundador da Cadeira nº15
9 comentários:
Insônia, a mais fiel companheira do poeta.
Um primor de texto! Estou aqui a meditar em cada verso. Revivendo alguns momentos da minha história, tendo como pano de fundo seus verso. Top D+
Remoendo ideias vans, o poeta tece palavras para reflexão de vida.
Parabéns ⚘️ ⚘️ ⚘️
Remoendo o que não foi
O que poderia ter sido
Isso sim nos mata aos poucos quando nos deixamos ser infiltrados por pensamentos inconclusivos
Verdade.
Muito obrigado!
Obrigado!
Verdade. Obrigado!
Parabéns!!! Lindos versos!!
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