Embora tivesse a convicção de que não haveria ninguém me esperando, no fundo sentia que devia usar uma de minhas máscaras. A esperança é uma daquelas crianças bobas que ficam fazendo gracejos para qualquer adulto que passa, buscando atenção, uma careta ou um sorriso.
- E se eu voltasse a dormir?
Este pensamento me consumia também. Dormir nos ajuda a desligar de tudo. É como morrer por algumas horas, deslizando através de outras dimensões.
- Hoje é um dia perfeito para a minha máscara de espanto. O terror em face do incognoscível devora minha mente, paralisando minhas ações.
- Melhor colocar a máscara da alegria insana. Assim, quem me encontrar terá a impressão de que estou bem e, com isso, sentirá inveja da minha alegria.
Giuliano Fabrício Miotto Borges de Freitas
Acadêmico Fundador da Cadeira nº32
2 comentários:
Bom dia Giuliano! Gosto da forma como escreve! É simples, livre direto!
Eu às vezes, também uso máscaras: Para esconder minha angústia,
Coloco uma máscara,
kumadori que encontrei nos armários do meu ser.
Não quero que ninguém veja por detrás dela.
Gostaria de parabenizar esse nobre guerreiro pela excelente poesia
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