Morri quando questionei princípios imorais daqueles que se diziam morais;
Morri quando acreditei em pessoas;
Morri por ser desprovida do medo de falar verdades;
Morri por não ter limitado minha vivência em ambientes cruéis e covardes.
Morri quando amei;
Morri quando me dediquei;
Morri quando acreditei;
Morri quando vi que reagir já era tarde;
Morri quando me desmontei.
Morri quando minhas conquistas foram dizimadas por quem achei ser meus aliados;
Mas morri mesmo, sangrando e de peito aberto, quando a mágoa, em mim, fez morada;
O amargo do rancor me chafurdou.
E, como um sopro, tomei rédeas do que sou;
Revivi;
As marcas viraram passado;
Porque sou o que sou;
Ninguém tem o poder de me matar em vida.
Para essa reviravolta, o amor.
O amor por mim me ensinou que, para cada vez que morri, a verdadeira morte foi de quem não concebeu quem sou eu.
Porque sou o que sou.
Sou viva, sem novos episódios de morte em vida.
Porque a minha alegria de ser, minha história da nova vida e minha arte jamais morrerão.
Larissa Oliveira
Acadêmica Fundadora da Cadeira nº 08
2 comentários:
Belíssimo texto! um eu Lírico à flor da pele. Parabéns!
A arte de se amar é o caminho para a liberdade. É o que nos torna belos, invensíveis, insuperáveis, destemidos, extasiantes!!! A fênix sempre retorna das cinzas mais forte e irradiante. Um texto de rompimento de barreiras externas que tentam oprimir o eu que nos habita.
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